top of page

Efeitos adversos

Toxicidade aguda

Entre os sintomas mais comuns associados à intoxicação aguda por fenetilina, estão:

  • Dilatação dos vasos brônquicos

  • Aumento da frequência cardíaca

  • Aumento da temperatura corporal

  • Aumento da frequência respiratória

  • Aumento da pressão arterial – devido ao facto da porção teofilínica da molécula ter ação vasodilatadora, ainda que a porção anfetamínica tenha ação vasoconstritora, a fenetilina não vai provocar o mesmo aumento da pressão arterial que um fármaco com estrutura puramente anfetamínica

Em estudos efetuados em modelos animais, a sua administração por via intravenosa ou intracerebroventricular mostrou-se também associada a convulsões

 

Apesar disto, a toxicidade associada ao consumo de fenetilina mostrou-se muito menor que a toxicidade associada ao consumo de anfetaminas.

​Os valores de DL50 da fenetilina após administração, em modelos animais, intravenosa, intraperitoneal, subcutânea e oral variam de 55 a 347 mg/kg.

Toxicidade crónica

O uso continuado de fenetilina leva a efeitos adversos marcados. Os mais comuns são:

  • Depressão profunda

  • Insónia

  • Palpitações ocasionais

  • Cardiotoxicidade

  • Malnutrição

Existem ainda estudos que reportam casos de oclusão hemorrágica da veia central da retina após consumo crónico de fenetilina.

Tolerância e dependência

Estudos efetuados em modelos animais demonstraram que o consumo continuado de fenetilina, ao contrário do que acontece com a maioria das anfetaminas, não provoca o desenvolvimento de tolerância nem dependência.

Tratamento

Pacientes admitidos na urgência hospitalar com sinais de toxicidade aguda por anfetaminas, cuja sobrevivência não esteja ameaçada, devem ser tratados apenas com sedação e mantidos sob observação médica.

No caso de pacientes com apresentação clínica mais grave, como convulsões, estado mental alterado por períodos de tempo prolongados ou ainda pacientes com intenções suicidas, requerem  tratamento farmacológico.

Estão incluídos nos fármacos disponíveis para o tratamento de casos de intoxicação aguda por anfetaminas:

  • Adsorventes gástricos, como o carvão ativado;

  • Sedativos, de forma a controlar os sintomas associados à superestimulação do SNC (benzodiazpinas como: Lorazepam, Diazepam e Midazolam são os fármacos mais utilizados)

  • Relaxantes musculares, de forma a controlar possíveis espasmos

Bloqueadores alfa-adrenérgicos, nitratos e diuréticos, de forma a controlar possíveis distúrbios cardiovasculares hemodinâmicos.

Início

Referências:

Ellison T, Levy L, Bolger JW, Okun R. The metabolic fate of 3Hfenethylline in man. Eur J Pharmacol 1970;13:123–8.

Nickel B, Niebch G, Peter G, von Schlichtegroll A, Tibes U. Fenethylline: new results on pharmacology, metabolism and kinetics. Drug Alcohol Depend 1986;17:235–57.

Kraemer T, Maurer HH. Toxicokinetics of amphetamines: metabolism and toxicokinetic data of designer drugs: amphetamine, methamphetamine, and their N-alkyl derivatives. Ther Drug Monit 2002;24:277–89.

Shulgin AT. Drugs of abuse in the future. Clin Toxicol 1975;8:405–56.

Alabdalla MA. Chemical characterization of counterfeit captagon tablets seized in Jordan. Forensic Sci Int 2005;152:185–8.

Dimpfel W, Spuler M, Nickel B, Tibes U. ‘Fingerprintsʼ of central stimulatory drug effects by means of quantitative radioelectroencephalography in the rat (tele-stereo-EEG). Neuropsychobiology
1986;15:101–8.

Drug Enforcement Administration (DEA). Fenethylline and the Middle East: a brief summary (2003) DEA-03046.

Inaba DS, Cohen WE. Uppers, Downers, All Arounders: Physical and Mental Effects of Psychoactive Drugs. CNS Publications Inc,
Ashland, 2000; 102–3.

Janke W, Boss H. Experimentelle Untersuchungen uber die psychischen Wirkungen eines neuen Psychotonicums. Arzneimittel
1961;11:783–6.

Evans SM, Johanson C-E. Amphetamine-like effects of anorectics and related compounds in pigeons. J Pharmacol Exp Ther
1987;241:817–25.

Carruba MO, Groppetti A, Mantegazza P, Vicentini L, Zambotti F. Effects of mazindol, a non-phenylethylamine anorexigenic agent, on biogenic amine levels and turnover rate. Br J Pharmacol 1976;56:431–6.

Kristen G, Schaefer A, von Schlichtegroll A. Fenethylline: therapeutic use, misuse, and/or abuse. Drug Alcohol Depend 1986;17:259–71.

Enge S, Lechner H. An experimental animal contribution on the mechanism of action of psychopharmacological agents. Wien Z Nervenheilkd Grenzgeb 1960;17:307–23.

van Meter WG, Ayala GF, Murphy TA. An EGG analysis of the stimulant effects of 7,2-(3-phenyl-2-propyl)aminoehtyl theophylline HCl (BZT) in rabbit brain. Psychopharmacologia 1961;2:47–54.

http://www.lookchem.com/Fenethylline-hydrochloride/, acedido a 17/05/2016.

bottom of page